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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Editorial
Queridos Amigos!
Hoje damos um importante passo em direção a integração e divulgação da Transpessoal. Nós somos seres integrados, porém com a ilusão de vivermos no dualismo. A Transpessoal busca essa integração total do Ser – em suas múltiplas instâncias. Porém é necessário que a própria produção de conhecimento nessa área siga esse anunciado.
A Unidade se mostra nos nossos atos, para isso precisamos da integração do pensamento, sensação, emoção e intuição, para que então possamos senti-la e estarmos focados no presente. Esta busca pela unidade e integração do ser humano é um dos grandes objetivos desse Jornal. Assim, ele nasce para nos auxiliar na caminhada rumo à inteireza do nosso Ser.
Vivemos em um mundo onde as informações se tornaram abundantes, também, na área Transpessoal, por isto, um dos nossos desafios é trazermos uma perspectiva precisa de Transpessoal. É necessário separar aquilo que é realmente Transpessoal, esclarecendo possíveis compreensões distorcidas, que inevitavelmente vemos como sendo ligadas ao termo Transpessoal. Esta proposta, coloco no âmbito pessoal: de só trazer o que realmente é Transpessoal, para que não nos desviemos de nosso caminho.
Assim, nesta primeira edição vocês perceberão que há uma mescla do português do Brasil e de Portugal, o que reflete a nossa organização, pois este Jornal é uma realização da Alubrat - Brasil e de Portugal. Também poderão conhecer um pouco mais do que é a Transpessoal, além de terem a oportunidade de tomarem conhecimento do que vem sendo estudado essa área, através do resumo de artigos apresentados no Congresso de Évora.
Nós ganhamos vida no mesmo dia que Pierre Weil nasceu e na semana posterior a Páscoa. Nesse período morte e renascimento “dançam juntos”. Assim desejo que possa renascer uma Transpessoal que qualquer pessoa possa ter acesso, porém comprometida com o que há de mais ético e honrado ao lidar com o Ser Humano.
Desejo que todos apreciem nossos esforços em fazer um jornal de qualidade e se sintam a vontade para fazer qualquer comentário, crítica ou elogio, pois serão bem-vindos e nos auxiliaram a melhorar na nossa próxima edição (que será no segundo semestre). Assim, hoje me comprometo publicamente com este jornal, prometendo nos aprimorar em cada edição, e trazendo o que há de melhor na Transpessoal.
Desejo a todos uma excelente leitura!
Rodrigo Girondi Thomasi
Coordenador Geral do Jornal da ALUBRAT
Coordenador da ALUBRAT-RS
O Que é Transpessoal?
Por Vera Saldanha

Transpessoal caracteriza-se por ser uma experiência que segundo Walsh e Vaughan, pode definir-se como “aquela e em que o senso de identidade ou do eu ultrapassa (trans + passar = ir além) o individual e o pessoal a fim de abarcar aspectos da humanidade, da vida, da psique e do cosmo” (Walsh; Vaughan, 1997, p. 17).
A Psicologia Transpessoal pode ser entendida como estudos e práticas psicológicas destas experiências na saúde, educação, organizações, instituições, incluído não só sua natureza, variedades, causas e efeitos, seu desenvolvimento, bem como a sua manifestação na filosofia, arte, cultura, educação, religiões.
Em relação às disciplinas, por exemplo, a Psiquiatria Transpessoal concentra-se no estudo das experiências e fenômenos Transpessoais, enfocando, particularmente, seus aspectos clínicos e biomédicos. Na Antropologia Transpessoal refere-se ao estudo transcultural da experiência de ir além do eu pessoal e da relação entre a consciência e a cultura, enquanto que a Sociologia Transpessoal estuda as dimensões e expressões sociais desses fenômenos e a Ecologia Transpessoal aborda as repercussões e aplicações ecológicas dos mesmos.
É importante observar, todavia, que essas definições não determinam e não excluem o pessoal, também não invalidam, enquadram-no dentro de um contexto mais amplo, o qual reconhece a importância de ambas as experiências pessoais e transpessoais; também não prendem as disciplinas transpessoais a nenhuma filosofia, religião ou visão específica do mundo nem restringem a pesquisa a um determinado método (WALSH; VAUGHAN, 1997, p. 17).
O termo “Transpessoal” foi referendado, pela primeira vez na área da Psicologia, por Carl Gustav Jung, utilizando as palavras überpersönlich, em 1917, que significam suprapessoa e suprapessoal, respectivamente.
Uma definição dada por Pierre Weil é a de Psicologia Transpessoal como:
Um ramo da Psicologia especializada no estudo dos estados de consciência que lida mais especificamente com a “Experiência Cósmica” ou estados ditos “Superiores” ou “Ampliados” da consciência. Estes estados de consciência consistem na entrada numa dimensão fora do espaço-tempo tal como costuma ser percebida pelos nossos cinco sentidos. É uma ampliação da consciência comum com visão direta de uma realidade que se aproxima muito dos conceitos de física moderna (WEIL, 1999, p. 9).
Assim definimos a Psicologia Transpessoal como o estudo, pesquisa e aplicação dos diferentes estados de consciência em direção a Unidade do Ser. Sua área de atuação dá-se em todos os campos do conhecimento que tem como base a Psicologia (SALDANHA, 2008).
Observamos atualmente uma necessidade crescente de um enfoque psicológico que contemple a dimensão espiritual, ética e valores construtivos, positivos. A própria inserção na Psiquiatria da Categoria de “Problemas Religiosos e Espirituais” como pertinentes as necessidades psíquicas, faz com que a Psicologia Transpessoal torne-se cada vez mais necessária como um embasamento teórico, que nos proporciona recursos e cuidados para lidar com suavidade e profundidade em uma dimensão psico-espiritual do individuo. Mas isto não acontece somente no espaço clinico, também nas organizações, berço onde Maslow evidenciou as metanecessidades do Ser humano, além da auto-realização, estima, amor e segurança.
Nesta caminhada de autoconhecimento, a importância do contato com uma dimensão superior da psique, nossa dimensão saudável, é naturalmente ética.
Além disso, também na educação a abrangência da Didática Transpessoal (SALDANHA, 2008) nos permite um manancial de instrumentos na prática pedagógica, uma compreensão da relação educador-educando, bem como um entendimento maior da metacognição, motivação e aprendizagem.
Assim sem dúvida alguma a abordagem Transpessoal revela um olhar contemporâneo necessário à nossa Psicologia no momento atual.
A Alubrat surge no Brasil, trazendo a primeira pós-graduação lato-sensu em Psicologia Transpessoal e também como uma das instituições pioneiras no âmbito internacional com caráter mais cunhado pela pesquisa e embasamento teórico-prático das vivencias Transpessoais.
Seu nascedouro ocorreu justamente nos cursos de Psicologia Transpessoal. Veio com a missão de propagar no âmbito acadêmico essa vertente, legitimando a espiritualidade como aspecto inerente a natureza biológica do ser, algo desejável, curativo, saudável, e que pode nos adoecer quando ignorado ou reprimido. Isto pode ocorrer, não só no plano pessoal, como também no social e cultural.
Um axioma fundamental na abordagem de orientação Transpessoal é a espiritualidade no Ser humano.
Outros aspectos que se destacam neste enfoque é uma ampliação da cartografia da consciência incluindo experiências antes do nascimento, após a morte física, e de uma dimensão superior da consciência.
A Psicologia Transpessoal evidencia o trabalho por meio dos diferentes estados de consciência, a imortalidade da consciência, e o conceito de unidade como a grande Tônica Transpessoal.
Todo e qualquer legitimo trabalho Transpessoal, necessariamente percorre estes aspectos em sua suas vivências.Neste sentindo podemos dizer que há uma perspectiva comum que as unificam.Entretanto ocorrem distintas leituras metodológicas, e especialmente no Brasil, podemos citar a Alubrat com a Abordagem Integrativa Transpessoal, (Vera Saldanha); o trabalho de Jean-Yves Leloup, fundado na Meditação do Coração e na Tradição Hesicaste; o Cosmodrama de Pierre Weil tendo como fonte o Psicodrama; o trabalho de Leo Matos baseado na Psicologia Tibetana; a Dinâmica Energético do Psiquismo de Theda Basso e de Aidda Pustilnik que tem como fonte a Barbara Ann Brennan; o trabalho de Gislane D’Assumpção em Tanatologia a Respiração Holotrópica com base em Stanislav Grof. Outros trabalhos também são desenvolvidos, alguns mais ligados à filosofia espírita, outros ao enfoque de Roberto Assagioli ou de Ken Wilber; enfim, hoje temos muitos grupos que embora diversificados em sua metodologia tem uma vertente comum: o despertar da Consciência.
Penso que um grande Congresso Brasileiro que reunisse estes distintos grupos seria uma imensa contribuição para o movimento Transpessoal, o qual consolidaria a sua unidade na diversidade.
Fica a sugestão!

Referências:
SALDANHA, Vera. Psicologia Transpessoal: Abordagem Integrativa Um Conhecimento Emergente em Psicologia da Consciência. Ijuí: Unijui, 2008.
WALSH, Roger; VAUGHAN, Frances. Além do Ego: Dimensões Transpessoais em Psicologia. São Paulo: Cultrix, 1997.
WEIL, Pierre. Lágrimas de Compaixão: e a Revolução Silenciosa Continua. São Paulo: Pensamento, 1999.

Vera Peceguini Saldanha
*Psicóloga;
*Presidente da Associação Luso Brasileira de Transpessoal (ALUBRAT) como sede no Brasil e Portugal;
*Doutora em Psicologia Transpessoal (FE Unicamp);
*Autora do livro: Psicologia Transpessoal: Um Conhecimento Emergente de Consciência, Ed. Unijui;
*Autora do livro: A Psicoterapia Transpessoal, Ed. Rosa dos Tempos – 2ª edição;
*Ministra cursos e conferências na área de Psicologia Transpessoal em diversos estados do Brasil e exterior desde 1985.


Entrevista com Vitor José F. Rodrigues

Como é que foi o seu percurso até à Alubrat e à Psicologia Transpessoal? O que é a Alubrat Portugal e o que tem feito?
Na adolescência comecei a praticar meditação e a ler um grande número de livros esotéricos incluindo Pietro Ubaldi, Alice Bailey, Helena Blavatsky, Leadbeater, Annie Besant e muitos outros, além de obras sobre Parapsicologia, Yoga, etc. Interesso-me desde há muito pela Espiritualidade. Veio então o curso de Psicologia, sempre com a ânsia de reconduzir a mesma ao seu tema original de “Ciência da Alma”. Mais tarde, sobretudo a partir do início dos anos 90, conheci a Psicologia Transpessoal, que me trouxe algumas respostas. Com a DrªJúlia Peres e depois com a Profª Vera Saldanha fiz uma formação sistemática na área em conjunto com alguns amigos. Começámos a promover encontros-tertúlia sobre temas afins até que, tendo sido expulsos da sede da Ordem dos Médicos em Portugal após uma sessão mais “barulhenta” e por sugestão do Prof. Pierre Weil e da Profª Vera Saldanha em sincronicidade com as ideias do Prof. Mário Simões, vindo ao encontro do que já andava a germinar entre nós, decidimos criar a Alubrat, com um grupo de pessoas que eram maioritariamente licenciadas em Psicologia e em Medicina mas também noutras áreas. Estávamos em 1996. Depois, começámos a promover palestras abertas a todo o público, ciclos de estudos com diversos workshops, cursos, simpósios e congressos – em conjunto com o ramo Brasileiro. Podemos dizer que, desde a nossa fundação, temos sido uma das Associações transpessoais mais activas da Europa. Já organizámos largas dezenas de palestras e de workshops incluídos em 7 ciclos de estudos além de cursos, nomeadamente pós-graduações em Psicologia da Consciência ou formações em Terapia Regressiva em que os formadores foram na quase totalidade membros da Alubrat. Além disso, claro, vamos no 6º Congresso Internacional da Alubrat e estas organizações vão ficando a cargo, alternadamente, da Alubrat-Portugal ou da Alubrat-Brasil. Temos tido uma grande preocupação em comunicar com os meios académicos e promover uma formação de qualidade. Até já publicámos na Lidel, editora de prestígio em meios científicos, o livro “Psicologia da Consciência” que inclui trabalhos teóricos e de investigação feitos por pessoas da Alubrat de ambos os lados do Atlântico. Além disso, claro, alguns de nós têm publicado diversos artigos relevantes em revistas científicas – sobretudo o Prof. Mário Simões – ou livros – aí posso dizer que já publiquei pelo menos seis livros directamente pertinentes à nossa área.


Em termos de grupos não especializados, como explicaria o que é e quais as mais valias da abordagem transpessoal a não-psicólogos ou a psicólogos de outras áreas?
Gosto do termo “abordagem transpessoal” por remeter implicitamente para a ideia de um ponto de vista englobante em que pontifica a noção da busca de transcendência. Contudo, em muitas apresentações, prefiro falar em “Psicologia da Consciência” ou em “Estudos da Consciência” devido a algumas conotações que o movimento transpessoal adquiriu em alguns meios académicos, que o olham com suspeita de falta de rigor, sincretismo, superstições “New Age” e assim por diante. Diga-se que, por vezes, têm razão… Às vezes é mais modesto e exacto dizer que estudamos a consciência humana nas suas mais diversas manifestações e nas suas mais diversas implicações. O que é, assim, a abordagem transpessoal? Uma abordagem que reconhece o valor fundamental da Consciência como definidora do Humano pois ninguém é humano se não possui consciência experiencial ou seja consciência de si mesmo como sujeito da sua vida. Ao mesmo tempo, salientamos a importância de estudar o Ser Humano no seu melhor, ou seja, nas suas maiores capacidades e manifestações criativas na Ética, Ciência, Espiritualidade e Estética, na sua Saúde mais exuberante, nos seus melhores momentos de Felicidade e de transendência. Ora tudo isto costuma vir acompanhado por Estados Modificados de Consciência que aparentam ser condição necessária para tal. Por outro lado, a Psicoterapia Transpessoal, na definição por agora adoptada pela EUROTAS (Associação Transpessoal Europeia) através do seu grupo de trabalho sobre Psicoterapia (o qual tenho coordenado) diz o seguinte: um processo em que se utiliza a modificação de consciência, referindo-nos com isso a uma expansão quantitativa e qualitativa da consciência, de natureza não-patológica, como forma de reestruturar a identidade pessoal (ego) e o seu funcionamento psicológico e de, então, ir além numa perspectiva de unidade e cura. Na verdade, tenho verificado inúmeras vezes que o uso sistemático de estados modificados de consciência em Psicoterapia produz insights mais rápidos e profundos bem como reestruturações igualmente poderosas. Os níveis inconscientes tornam-se muito mais acessíveis – referindo-nos com isso seja ao inconsciente “inferior”, Freudiano, seja ao inconsciente “superior” de que falou Assagioli e que tem mais a ver com o potencial futuro do ser humano bem como com a chamada “sabedoria da Alma” ou do nosso “terapeuta interior”, como diria Stanislav Grof.


Quais as linhas de tendência de desenvolvimento da Psicologia transpessoal especificamente em Portugal e na Europa no geral? O que considera inovador em termos de aplicação desta abordagem noutras áreas?
Neste momento posso dizer que tenho verificado uma cada vez maior maturidade dos autores transpessoais, que são por um lado menos ingénuos nas suas ambições e, por outro, mais profundos evidenciando um frutuoso trabalho sobre si mesmos. Em Portugal o progresso tem sido sobretudo na divulgação e na promoção de formações. Por outro lado e a nível global, a Psicologia Transpessoal começa a encontrar sinergias importantes com outras áreas. Por exemplo, a investigação em Parapsicologia (incluindo pesquisas sobre Experiências de Quase-Morte, casos “de tipo reencarnativo”, curas anómalas etc) tem emprestado maior credibilidade científica à consideração da hipótese de que exista de facto um “Eu Transpessoal” independente do cérebro; a investigação em neurociências, nomeadamente com estudos recentes sobre neuroplasticidade, começa a tornar evidente que a mente exercitada sistematicamente produz efeitos quer momentâneos quer a longo prazo no cérebro – e estes podem implicar uma melhoria ética do ser humano e também ganhos clínicos muito importantes. Ora tais efeitos também recolocam a hipótese de a mente não ser sinónimo de cérebro mas eventualmente uma entidade capaz de interagir com ele na totalidade. A investigação sobre o Amor e a Felicidade, proveniente de várias áreas – nomeadamente as da “Psicologia Positiva” – mostra que o Amor é intensamente saudável seja em termos físicos ou psicológicos e que a Felicidade está ligada à realização do nosso potencial a todos os níveis. A investigação sobre Yoga e Meditação mostra que, em geral, são muitíssimo saudáveis e ajudam as pessoas a encontrar maior equilíbrio e uma vida mais significativa ao mesmo tempo que experimentam, com frequência, estados modificados de consciência que, uma vez mais, se revelam salubrizantes em vez de patológicos. No mundo empresarial, a perspectiva transpessoal fornece modos eficazes de gerir o stress mas também de encontrar novos sentidos e novos valores para o mundo do trabalho. Ao nível da sociedade global, a mesma perspectiva começa a fornecer modos alternativos de definir e considerar o fenómeno humano e isso pode ter grandes implicações politicas e mesmo económicas além de educativas.


Existe uma perspectiva ou leitura única do termo transpessoal nos vários países europeus e na Eurotas? Quais os elementos comuns e os que geram maior controvérsia? Que leitura faz deles?
A EUROTAS engloba, neste momento, cerca de 25 países e uma série de pessoas que estão longe de ter a mesma perspectiva acerca do que seja o movimento Transpessoal. Algumas reagem à tendência céptica do mundo científico tornando-se... cépticas em relação à Ciência, o que me aprece um erro enorme pois no mundo actual, como o próprio Dalai Lama reconheceu, há que saber falar a linguagem da Ciência dado o poder que ela tem sobre a opinião pública e as instâncias políticas mundiais. De outro modo, seremos pouco mais do que um gheto de pessoas convencidas de que têm respostas importantes mas às quais ninguém escuta. Tenho verificado uma tendência “New Age perigosa na área Transpessoal pois algumas pessoas, cheias de boas intenções, acreditam em tudo e mais alguma coisa e esquecem-se de aproveitar os ganhos que a Ciência trouxe na distinção entre superstição, pensamento esperançoso, ilusão e conhecimento devidamente fundado seja na experiência individual ou na experiência na terceira pessoa, típica da Ciência ortodoxa. No entanto, a generalidade das pessoas nesta área reconhece, creio, que a Ciência e a espiritualidade devem caminhar em paralelo e em cooperação e que hoje em dia é absolutamente necessário encarar de modo diferente os seres humanos e o seu papel no ecosistema global. Além disso, muitas pessoas ligadas ao movimento parecem enfermar do antigo problema de muitos místicos: acabam por não gostar da sociedade actual, afastam-se dela, refugiam-se nas práticas espirituais e na ambição de encontrar a iluminação e esquecem-se um pouco de arregaçar as mangas e trabalhar de modo realista e empenhado para melhorar este mundo...


E quais os equívocos mais frequentes?
Gostava de salientar somente um: a tendência, como diria Ken Wilber, para confundir o que é pré-pessoal, supersticioso, da linha do pensamento mágico e da falta de diferenciação pessoal daquilo que é trans-pessoal e implica mais e melhor do que ser apenas uma pessoa fechada nas suas auto-referências, ilusões, desejos pessoais.


Quais os principais desafios que crê que neste momento se põem à psicologia Transpessoal – e /ou quais os seus mais importantes desenvolvimentos nos próximos anos?
Acredito que a Psicologia Transpessoal deve incluir, cada vez mais, um programa de pesquisa que demonstre a eficácia – que é enorme – das Psicoterapias por Modificação da Consciência. Penso também que há que levar mais longe a investigação em Parapsicologia tentando demonstrar a realidade de que somos mais do que um corpo físico com um excelente processador na cabeça. Outro desenvolvimento previsível e desejável consiste em mostrar, a nível global, que a perspectiva transpessoal traz respostas acerca de como lidar com o fenómeno humano, com a Educação, a Cultura. Note-se que até na reabilitação de criminosos graves alguns autores ligados ao Transpessoal têm demonstrado ganhos evidentes na prática de meditação, por exemplo. Não nos serve de muito, nem somos muito úteis para a Humanidade, se não obtivermos um impacto muito maior junto da opinião pública. Pouco importa sermos “iluminados” e cheios de respostas se não somos capazes de nos fazer ouvir. Ora, para isso, há que saber falar a linguagem da Ciência e mesmo a da Tecnologia. Pierre Weil, por exemplo, desenvolveu uma obra notável que evidencia o grau em que concordava com isto.


Que leitura faz da situação mundial neste momento utilizando os conceitos da Psicologia da Consciência?
Estamos a viver uma crise provocada, entre outras coisas, pela sobreposição de valores economicistas em relação a valores éticos e estéticos. Por outro lado, alguns valores antigos e que tiveram certa medida de êxito no passado, ligados à conquista, à competição, à guerra, à força, à obtenção de território físico, estão agora a ameaçar trazer a Humanidade próximo da extinção. Já não podemos fazer guerra à Natureza, outrora até designada como “inferno verde” em certos contextos, nem explorar ilimitadamente recursos finitos, nem poluir ilimitadamente o nosso cada vez mais pequeno espaço planetário. Há que afirmar valores ligados aos reinos do Espírito, salientar que no mundo da Alma o que enriquece uns enriquece todos, o contributo de cada Cultura local enriquece a Cultura global. Para isso, claro, a ética e a estética devem ser reconhecidas como fundamentais para uma existência humana com qualidade e bem-estar. Há que perceber, cada vez mais, que o que diminui, encolhe ou nega a clareza mental, a consciência e o Amor é “mau” e deve ser evitado.

Vítor José F. Rodrigues tem 48 anos de idade, casado e com uma filha. Psicólogo e Psicoterapeuta, doutorado em Psicologia Educacional pela Universidade de Lisboa. Foi Presidente da Alubrat em Portugal entre 2003 e 2009 e é Presidente da EUROTAS (European Transpersonal Association) desde 2005. Autor de dez livros e variados artigos, muitos dos quais na área transpessoal. Formador e conferencista internacional na área da Psicologia da Consciência.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Homenagem a Pierre Weil:
Trabalhos apresentados no Congresso de Évora
CELESTE CARNEIRO
COMUNICAÇÃO: TERAPIAS COMPLEMENTARES E ARQUÉTIPOS NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO (Arteterapia e Terapia Energética).

Nos últimos anos a depressão vem se tornando uma verdadeira epidemia, atingindo pessoas de várias classes sociais, tanto em países desenvolvidos como nos mais subdesenvolvidos, especialmente as que residem em metrópoles.
Diante desse quadro, apresentamos uma abordagem arteterapêutica, focando os arquétipos e seus símbolos, acompanhado de uma visão transpessoal capaz de conduzir quem sofre à saída do labirinto onde o ser desconhece a própria luz.

MANDALAS – A ARTE DE CENTRAR-SE
O uso do desenho de mandalas tem facilitado de maneira surpreendente o equilíbrio psíquico e emocional das pessoas, assim como o aprendizado e o comportamento de alunos de todas as idades.
Com essa oficina iremos transmitir aos interessados algumas técnicas de fácil execução, levando um pouco da nossa experiência adquirida em muitos anos trabalhando com mandala, fazendo-os sentir o seu efeito terapêutico.
CONTATO: cel5@terra.com.br

JOSE POVEDA
Conferência: "A Recuperação da Sombra Pessoal: Jung & Wilber"

” Se nada no teu interior está rígido
Abrir-se-te-ão todas as portas
Se em movimento sê como a água
Se quieto…sê como um espelho
Responde como um eco” (Lao Tse).

La sombra.


La palabra sombra es de entrada equivoca. Es un término rico en significados. Algunos refieren a fenómenos físicos, otros a procesos psicológicos y otros a contenidos metafóricos. Físicamente nos remite al acto de ver. Ver más o ver menos y captar contrastes. Nos habla de la parte no iluminada directamente.
También esta vinculada a la claridad o falta de claridad. Y por tanto nos dice de la capacidad de darnos cuenta de lo que tenemos delante. A la sombra no se le da atención en primer lugar.
La asunción de la sombra permite la integración de dimensiones opuestas y complementarias de la persona. Ello facilita el desarrollo integral de la conciencia y un mejor contacto con la realidad.

La presencia de la sombra

Anticipando y aceptando la presencia de la sombra nos podemos introducir en otras dimensiones. Cambiando la manera de ver las situaciones las situaciones cambian.
En el pensamiento hinduista la sombra se manifiesta en el samsara, la” tendencia a ver los defectos en los otros”. La sombra puede aparecer también directamente como agresividad y ser mas sentida que vista.
La reintegración de zonas de sombra nos permite salir del mundo plano. La puerta del hotel que no se cerraba. No se cerraba por más que la empujabas horizontalmente. A golpes. Bastaba agarrar el pomo y subirlo apenas un milímetro para que pudiera quedar cerrada. Esa diferencia vertical implicaba la entrada en juego de otra dimensión que permitía resolver el problema. Y quedar mas tranquilo comunicando con la puerta con suavidad y sin golpes horizontales. Esa situación estaba estancada en más de lo mismo. Y se podía resolver de modo sencillo sabiendo que había que usar la dimensión vertical. El trabajo necesario no era de fuerza bien intencionada e ignorante si no de sutileza y conciencia.
Para algunos en la sombra están la mitad de los significados. Las relaciones con la sombra no son solo un proceso estético. Son la clave para entender fenómenos como las amistades duraderas y las enemistades profundas.

Workshop: "Inteligencia Emocional y Traballo Intrapersoal"
La facilitación de las relaciones interpersonales pasa habitualmente por avances en la relación intrapersonal, en la forma en que nos pensamos a nosotros mismos.
Hay cinco habilidades intrapersonales que pueden hacer posible la recuperación de la sombra desde una perspectiva más integradora
Treino prático para cinco áreas:1)Autoestima2)Autoconciencia emocional3)Asertividad4)Autoactualizacion 5)Independência
CONTATO: mcd2004@hotmail.com


PAULO LOUÇÃO
ARQUÉTIPOS DA ALMA PORTUGUESA
Resumo da comunicação a apresentar no Congresso da ALUBRAT de 2008

O inconsciente colectivo dos portugueses tem profundas raízes nos tempos pré-nacionais e pré-cristãos. Nessas raízes ancestrais encontramos traços fundamentais da alma portuguesa tais como a relação espiritual com a Natureza e o carácter ctónico e psicopompo e o mistério das enigmáticas figuras solsticiais do Nordeste Transmontano.
Já no medievo a alma arcaica do Ocidente Peninsular renasce através do Culto Português do Espírito Santo.
Por últimos analisarei os quatro mitologemas propostos por Gilbert Durand relativos ao «imaginário profundo do povo português»:

1 - O Fundador vindo de fora.
2 – A Nostalgia do Impossível
3 – O Salvador Oculto
4 – A Transmutação dos Actos
Paulo Alexandre Loução
pauloucao@esquilo.com


ARQUÉTIPOS DA ALMA PORTUGUESA
Síntese da comunicação a apresentar no Congresso da ALUBRAT de 2008


O inconsciente colectivo dos portugueses tem profundas raízes nos tempos pré-nacionais e pré-cristãos. Antes da cristianização, encontramos uma série de películas culturais tais como a greco-latina, a celta-lusitana, proto-celta ou indo-europeia, e a megalítica. Dessas culturas ancestrais ficaram traços irreversíveis do homem arcaico (arkhé do grego: «origens», «primordial»; arkhé+typos: «imagem primordial», «modelo das origens») português, ao qual lhe é natural estabelecer ligações entre o «céu» e a «terra». Um desses traços, ainda persistente, mormente nos meios rurais, é a relação espiritual com a Natureza; o sentido da sacralidade da Natureza, onde se manifesta o numinoso, como lhe chamava Rudolf Otto.
Outro traço resulta da forte influência da divindade pré-celta e celtisada, Lug, o Mercúrio galo, como lhe chamou Júlio César. Lug, deus polifacético, é corvo no céu e lobo na terra, mensageiro celeste e divindade psicopompa, o guia das almas no invisível. O território português, esta nesga de terra debruada de mar, é uma mítica finis terrae, fronteira do grande mar, o mundo do caos e da morte ocidental que dá acesso ao Sid, à Ilha dos Bem-aventurados.
O corvo, a obra ao negro, Vénus do entardecer, os mistérios dos mundos ctónicos sempre pairaram na terra imaginal dos enigmáticos povos do Ocidente Peninsular.
Por isso na Delfos da Lusitânia estava Endovélico, o deus tópico sempre presente, o Serápis lusitano, e ao seu redor os templos dedicados a Atégina, a Prosérpina dos lusitanos, a renascida dos Infernos.
Também é neste contexto que merecem reflexão e estudo os rituais e as figuras solsticiais do Nordeste Transmontano, onde, por vezes, o Diabo aparece como sombra junguiana.
Já no medievo a alma arcaica do Ocidente Peninsular renasce através da erupção das Saturnais Paracléticas, sínteses espiritual das tradições pré-cristãs e do cristianismo espiritual: o Culto Português do Espírito Santo.
Por últimos analisarei os quatro mitologemas propostos por Gilbert Durand relativos ao «imaginário profundo do povo português»:
1 - O Fundador vindo de fora.
2 – A Nostalgia do Impossível
3 – O Salvador Oculto
4 – A Transmutação dos Actos

Paulo Alexandre Loução

CONTATO: pauloucao@esquilo.com



VERA SALDANHA
Conferência: Arquétipo do Feminino e a Espiritualidade: Um Olhar Transpessoal

A busca por novas epistemologias no desenvolvimento humano as quais favoreçam uma visão antropológica do ser biopsico-sociocultural e espiritual nos remetem directamente a uma compreensão maior do feminino como a grande força que eclodirá nas próximas décadas, provendo novas crenças e valores, por meio da qualidade da energia intuitiva e amorosa.
Esse processo nos convida a resgatar o feminino abandonado dentro de nós mesmos e a despertar essa preciosa qualidade em nossa humanidade. Quando consciências são sensibilizadas, tocadas por algo realmente genuíno, verdadeiro a força da mudança emerge e nos faz desvendar os mistérios que a nossa própria evolução encerra no desenvolvimento pessoal e transpessoal.
Possibilita assim que em homens e mulheres uma nova consciência do feminino vá abrindo um tempo de espiritualidade, de sensibilidade e intuição como atitudes de vida.
Sobre este prisma estaremos reflectindo o arquétipo feminino em suas múltiplas dimensões, em nossas apresentações, conferência e workshop

CONTATO: verasaldanha@alubrat.org.br


ELSON DE ARAÚJO MONTAGNO
Conferência: O Sol - O arquétipo maior na Neurobiologia e no futuro tecnológico

O deus Sol é mais do que o arquétipo maior. É uma manifestação galáctica com corpo tangível, a Heliosfera, que inclui a Terra, seus seres e outros tantos planetas. A ciência nos permite uma visão imensamente ampliada em nossa consciência espacial e temporal. Passamos a nos reconhecer dependentes energéticos do Sol e, agora, nosso futuro tecnológico passa a alinhar-se e identificar-se com os pulsos e ritmos da potestade a que pertencemos como particularizadas consciências.

CONTATO: elson.montagno@gmail.com


KATIA REGINA CALCIOLARI
COMUNICAÇÃO : “ Quirôn: Curando o Curador. Utilização da Didática Transpessoal através das sete etapas da Abordagem Integrativa, num trabalho psicopedagógico com professoras de crianças autistas.”


Pretende-se compartilhar uma experiência realizada com professoras de crianças autistas, utilizando-se de um projeto que não apenas contempla o aspecto da inteireza do profissional docente /aluno autista, mas também considera o foco saudável de ambos. O projeto utiliza-se da Didática Transpessoal através das sete etapas da Dinâmica Integrativa( reconhecimento, identificação, desidentificação, transmutação, transformação, elaboração, integração ), para que em contato com Quirôn, arquétipo do curador, as professoras ratificassem a missão de cuidar, ensinar e compartilhar , que por sua característica faz delas terapeutas, curadoras.

CONTATO: katiacalciolari@hotmail.com

Vítor José F. Rodrigues
Conferência: Arquétipos e Super-Heróis: Voando na Transcendência
.

Os mitos de super-heróis andam connosco pelo menos desde as antiguidades babilónica, egípcia e grega. Já em tempos idos voavam, tinham poderes sobre-humanos, usavam armas mágicas. Podem ser compreendidos parcialmente à luz da Psicologia comum mas, sobretudo, a Psicologia Transpessoal permite levar a compreensão bem mais longe porque os misteriosos poderes podem representar símbolos das qualidades e características da Alma humana...

CONTATO: psicosophos@sapo.pt

PEDRO TEIXEIRA DA MOTA
CONFERÊNCIA: Aspectos espirituais e transpessoais na vida e obra de Erasmo.

Erasmo de Roterdão (1469-1536) liderou no Renascimento a metodologia pedagógica, a tomada de consciência das alienações sociais, o estudo da sabedoria antiga, a fusão das belas letras humanistas com um cristianismo mais interior e espiritual, destacando-se a sua tradução original do Novo Testamento, muito anotada e corrigindo em centenas de passos a até então intangível Vulgata. Ironizando com os abusos da Igreja e dos erros dos teólogos e frades, não deixou de criticar os aspectos negativos da Reforma protestante e foi durante anos o líder intelectual da Europa na busca de uma Europa culta, pacífica, livre e unida. Vamos, a partir de algumas das suas obras (e da tradução anotada que fizemos recentemente do seu Modo de Orar a Deus), considerar aspectos de transformação das consciências, de autoconhecimento, de oração, de êxtase, bem como de ensino de valores transpessoais, nomeadamente do corpo místico da humanidade, da não-violência e da livre concórdia, que nos legou.

CONTATO: peommota@hotmail.com


BÁRBARA HARO E MARILICE CACHAPUZ
Comunicação: RECONECTIVIDADE COM A CRIANÇA INTERIOR

Com base nos pré supostos da Técnica Integrativa Transpessoal elaboramos contos infantis, onde enfocamos questões que geram dor e sofrimento a humanidade. Com a intenção de minimizar estas dores e cuidar da criança ferida. realizamos o trabalho junto a uma comunidade carente. O uso da Bioeletrografia nos possibilitou avaliar o antes e depois. Com o objectivo de despertar o adormecido, renovar e ampliar a concepção da relação Transpessoal, buscamos facilitar a reconectividade com a dimensão Cósmica, com sua natureza Divina e Sagrada. Trazendo a este viver melhoria nas relações e na sua qualidade de vida.

CONTATO: balfaya@terra.com.br, marilicecachapuz@terra.com.br


Erica Brandt
Comunicação: Dags - A Jornada do Arquétipo de Jonas - Dinâmica Integrativa Transpessoal (D.I.T.)

Dags é uma dinâmica integrativa transpessoal fundamentada na cartografia de Omraam Aïvanhov, nas suas reflexões e nas de Maslow e Dürkheim que junto com Jean-Yves foram os principais mestres na inspiração de Dags. É na leitura e na reflexão do Livro de Jonas (Caminhos da realização - Lelloup), que os participantes aprofundam e ampliam a visão do arquétipo de Jonas antes de iniciarem o lançamento de dados para a viajem ao continente luminoso. Desenvolve-se em torno de uma tela na qual está a pintura de um oceano, seis arquipélagos e o continente da consciência superior. Trabalhando as sete etapas da técnica interactiva o participante, através do lançamento de dados, vai percorrendo a sua rota de navegação formada por 40 casas, em cujo percurso há tarefas que focalizam sempre o eixo experiencial e o eixo evolutivo. A proposta é ludicamente possibilitar ao participante a vivência da jornada do arquétipo de Jonas, porque no momento em que o reconhecermos em nós, tornando-o um instrumento para nossa evolução, descobrimos o desejo de viver que nos impulsiona para o renascimento.

CONTATO: ericabrandt@terra.com.br


MARIA FLÁVIA DE MONSARAZ
Conferência: Além da Memória dos Arquétipos: Urano, Neptuno e Plutão. Os planetas da transcendência, revelados como pura realidade arquetípica em expansão.

Urano, Neptuno e Plutão, os Planetas da Transcendência, têm como função actualizar um movimento de contínua Transformação, para que os Homens possam responder à intenção evolutiva, impressa nos ciclos e nos ritmos do Universo.
Urano simboliza o apelo de Liberdade, passa, e destrói a cristalização das velhas estruturas.
Neptuno é o apelo fraterno de Universalidade. Quando passa dissolve, desilude, desmitifica, para que novos Mitos possam surgir.
Plutão é a máxima potência. Leva tudo ao seu limite. Produz morte e renascimento, destrói o velho e regenera.
Os Planetas Lentos viabilizam, a cada momento, no Inconsciente Colectivo das massas, e em cada um, um padrão de Consciência Arquetípica.
Realidades poderosas, energéticas, activas, eles afirmam sobre a Terra o Poder do Espírito.


Rodrigo Girondi Thomasi e Maria Cristina Monteiro de Barros
Comunicação: A Jornada Heróica de Indivíduos em Situação de Risco de Câncer: Um modelo de Intervenção Transpessoal

O Aconselhamento Genético é um programa desenvolvido para que pessoas e famílias com risco de câncer possam receber informações sobre as decisões a cerca das medidas preventivas a serem adoptadas. O caminho percorrido pelo indivíduo até a tomada de consciência sobre sua real situação de risco e as decisões para conservar sua saúde é uma jornada Heróica, onde esse mito ganha forma e vida. Isso espelha sua finitude e todos os estigmas que o câncer carrega. Auxiliar o enfrentamento destes desafios com uma maior amplitude de escolhas visando sua qualidade de vida, é o objectivo desse trabalho.

CONTATO: transpessoalpoa@gmail.com

Carla Maria Frezza Cavalheiro
Comunicação - Desenvolvendo a dimensão espiritual de jovens empreendedores: um passo para além da normose.

O presente trabalho apresentará o relato de algumas experiências que são fruto de 11 anos de docência, no universo académico científico “tradicional”, com diversas ferramentas e didáctica transpessoal, (relaxamentos, visualizações, meditações, psicodrama, auto-massagens, arte-terapia, confecção de mandalas, jogos sistémicos, musiconsciência, recursos audiovisuais diversos, estímulo ao questionamento, contação de histórias e actividades grupais) bem como os resultados parciais de pesquisa que visa avaliar e desenvolver a dimensão espiritual em jovens empreendedores visando a expansão da consciência dos administradores e das organizações para além da normose e fragmentação reinantes. Contribuindo assim, para a promoção de indivíduos, organizações e sociedade auto-sustentáveis.

CONTATO: holospsi@terra.com.br

Giancarlo de Aguiar
Workshop – Vivenciar a Quintessência

Neste encontro vivencial será proposto um contacto directo com cada um dos elementos água, fogo, ar e terra, através de exercícios de imaginação activa e técnicas de relaxamento juntamente com cenário do teatro místico de magia - ritual que compreende fazer a ponte de ligação entre todos os elementos, tendo a possibilidade de integração no manifestar da quintessência, no procedimento que retrata uma metodologia de vanguarda com abordagem vinculada a raízes sagradas com expressão de um movimento relativo ao neo-paganismo.
Oficina dedicada a vivenciar a força do poder simbólico que rege a consciência humana, nas funções descritas por C.G.Jung: o percepcionar, o sentir, o pensar e o intuir que possibilitará um profundo encontro consigo mesmo e com a constituição dos arquétipos primordiais do inconsciente que animam a estrutura do seu corpo - alma. Será possível vivenciar a quintessência através da Arte? Magia? Ou Ritual? Esta oficina será um laboratório para a alquimia interior!

MARIO SIMÕES
Comunicação: O Mundo das Fadas

Trata-se de uma revisitação ao mundo encantado das Fadas na perspectiva do adulto, em que aquelas assumem figuras na vida real assim como os cavaleiros por elas “fadados”. Descrevem-se alguns arquétipos do mundo feérico e discute-se o clássico “…e foram felizes para sempre”.
CONTATO: noonauta@gmail.com
Sobre o Congresso de Évora
Relatos de participantes




Queridos amigos evolutivos desta caminhada Transpessoal!

É com imensa satisfação que me reporto à vibrante experiência de ter participado do VI Congresso Internacional de Psicologia Transpessoal da ALUBRAT, em novembro de 2008.
Ter estado em Portugal e especialmente em Évora, fluindo na egrégora da incusividade e da transdiciplinaridade, reinantes durante toda a programação do congresso, foi e está sendo de grande valia e fomento para persistir trabalhando e pesquisando seriamente no campo da Psicologia Transpessoal.
Durante todo o congresso, desde os contatos prévios com Vera, Mário e Vitor, para apresentação do trabalho transpessoal que desenvolvo junto a futuros psicólogos e administradores, em uma universidade gaúcha há mais de uma década, sempre desfrutei de um clima de intimidade (mesmo estando do outro lado do oceano), amorosidade, informalidade e ao mesmo tempo de extremo comprometimento científico na seleção e apresentação dos brilhantes trabalhos que compartilhamos durante este evento de porte internacional e transcultural.
Entre tantos eventos e instituições às quais nos vimos afiliados ao longo de nossa jornada terrena, buscando o cumprimento da missão maior do ser humano: SERVIR, ao pertencer a ALUBRAT e congregar este movimento, reafirmo diante do SER que nos habita e transcende, grande coerência e congruência com tal propósito.
Desta forma, no que tange à ciência como um todo, e em especial à ciência psicológica, ficou patente em todas as conferências, temas livres, painéis, comunicados e publicações compartilhadas ao longo do congresso, que para Servir à Humanidade, a concepção de VIDA, de SER HUMANO, de CIÊNCIA e de PSICOLOGIA precisam e estão sendo constantemente ampliadas para dar conta das dimensões Física, mental, emocional e espiritual, de cada ser humano, da humanidade e do planeta que nos acolhe. Olhando na direção da plenitude, da totalidade do Ser, e não só àquilo que a mente, o ego e a existência material nos apresentam em sua versão fragmentada do Ser.
Por fim, em se tratando de Évora, palco do congresso, cidade que abriga, dentre tantos monumentos históricos, a famosa capela dos ossos, construída por monges do séc. XVII, que usaram exatamente as ossadas humanas para retratar a impermanência e a transitoriedade da matéria, me permito concluir este depoimento sobre o elevado estado de consciência a que fomos arremessados durante todo o evento, com a fala da “pequena” Marya Eduarda, minha filha, que na oportunidade do congresso, com apenas 5 anos de idade, sem a necessidade de nenhuma explicação lógica, comunga com a Transcendência.
Ao visitarmos a capela dos ossos, abrigada no calor do colo de meu marido Cleber, Marya Eduarda pede para ser “erguida” para poder olhar de perto, tocar os ossos ali expostos e assim aproximar-se do que estava tão claro por detrás da pouca luminosidade do ambiente.
Em seguida, ao me ver meditando neste local de ímpar oportunidade de transcendência, ela se aproxima e me pergunta intrigada:

-Mamãe, os ossos do Vô e da Vó são iguais a estes? ... e os teus e do papai também?... e até os meus ? ( ao que eu apenas respondo com um gesto de sim, sim, e sim, a cada uma das perguntas).

- Mamãe, então agora eu entendi tudo!!! se da gente sobraram só estes ossos aqui neste lugar escuro é porque a nossa luz não fica aqui né? (ao que, mais uma vez, apenas balanço a cabeça em sinal de concordância).

E assim, com um sorrizo Marya Eduarda conclui e sai dalí saltitante:

-Então ela(nossa luz) não morre nunca né Mamãe !!!

Ao que só nos resta concordar e bradar: Sim! Sim!Sim! A luz que nos habita e transcende não morre nunca !!!

Namaskar!
Kalyánika – Carla Maria Frezza Cavalheiro.


Outro Relato
No recente passado mês de novembro efectuou-se na bela cidade de évora o 6º congresso internancional da alubrat. o tão esperado congresso pode ser considerado um êxito; superou as expectativas, não só porque porporcionou um fim de semana no hotel d. fernando, fora do habitual habitat, como os temas das palestras e workshpos eram de facto muito interessantes, e os palestrantes do melhor.
Não posso deixar de referir o entusiástico espirito da assistência, quer na aderência aos workshops quer o interesse e alegria com que participaram nas palestras.
Não sendo um congresso de multidões estava o número suficiente para que o mesmo se realiza-se. muita gente jovem, caras novas e os habituais alubratianos, o bastante para se gerar um ambiente muito acolhedor e familiar, poderá dizer-se que foi um espaço de entusiasmo, de partilha e alegria.
Terminou com um linda homenagem ao nosso amigo pierre weill que nos deixoujá há alguns meses, e com água na boca para o próximo que se deus quiser realizar-se-á em 2011 no brasil.
Bem haja atodos aqueles que se esforçam por se conhecer, que praticam e ensinam a sermos e a termos um mundo melhor.
Como nasceu a Alubrat

Por Vera Saldanha, Presidente ALUBRAT-Brasil

Brasil, Belo horizonte, ano de 1978...
Mãos entrelaçadas, pulsando em uma grande mandala humana, formada por celebridades no mundo da psicologia e de algumas pessoas anônimas, todos cheios de esperança, acreditando que sonhos são para serem realizados. Neste círculo fundou-se o ITA (International Transpersonal Association). A minha frente Pierre Weil com seu olhar profundo e azul, ao meu lado Stanislav Grof.
Esta mandala foi sem dúvida a pré-concepção da ALUBRAT. Sua gestação foi longa, mas com importantes nutrientes para que pudesse nascer no tempo certo, no momento oportuno. Desde 1978 realizávamos grupos de estudo com a participação de diversos colegas com interesses nesta área. Pierre Weil, em constantes encontros conosco, nos convidou para termos uma representatividade do ITA no Brasil, no ano de 1979.
Trouxe-nos a carta de Grof e elaboramos então os estatutos. Mas era ainda muito prematuro, e não podia nascer. Um tempo de silêncio, um tempo de espera. Muitos cursos de Transpessoal e Congressos aos quais participamos, divulgamos e organizamos. O advento da Terapia Regressiva no Brasil, na década de 80, somou forças. Cursos básicos, introdutórios da Transpessoal eram já ministrados por nós nas Associações de Terapia Regressiva, de Psicodrama e em nosso consultório.
A jornada continuava e Maria Júlia Prieto Peres nos convidou para ministrar cursos de Psicologia Transpessoal na formação da Técnica Peres. Os grupos se ampliavam cada vez mais nos vários estados brasileiros, o anseio por um saber mais amplo de Transpessoal se manifestava. Esta expansão alcançou também nossos irmãos portugueses. Do outro lado do oceano a força Transpessoal se fez ouvir, junto ao enfoque da regressão.
Muitos nos perguntavam sobre a perspectiva de uma Associação que congregasse todos esses grupos em formação. Em cada estado havia uma coordenadoria responsável pela organização do curso de formação em Psicologia Transpessoal.
Certo dia, em nossa casa, Pierre Weil conversava conosco sobre a possibilidade de agregar o movimento de Transpessoal no Brasil por meio de uma Associação de Transpessoal. Neste instante, o Prof. Mário Simões nos liga de Lisboa e diz “estou reunido agora com Pedro Veiguinha e pensamos em fazer uma Associação de Transpessoal, mas queríamos que a Vera participasse”. Conto então a ele a conversa que estava acontecendo entre Pierre Weil e eu. Mario Simões entusiasticamente exclama: “Vamos então nos unir e criar uma Associação Luso Brasileira”!
Neste instante se consolidou um percurso que já vinha sendo trilhado com Pierre Weil nosso Patrono e Presidente Honorário. Os estatutos cuidadosamente guardados para uma Associação de Transpessoal, foram finalmente utilizados. São realizadas Assembléias nos diferentes grupos de formação em Transpessoal, em diferentes estados brasileiros. Oficializa-se então, a fundação da ALUBRAT no Brasil, no dia 21 de outubro de 1995. Dezoito anos haviam se passado desde sua primeira semente no IV Congresso Internacional de Transpessoal, para que pudesse germinar, crescer e florescer, com maturidade e qualidade.
Porém seu tempo de crescimento foi inversamente proporcional ao tempo de gestação. Um ano depois já realizamos nosso primeiro Congresso Internacional em conjunto com a UNIPAZ com a presença de 2000 participantes. Este congresso foi uma oportunidade para agregarmos, não só os grupos de formação em Psicologia Transpessoal, que deram origem à ALUBRAT, mas também outras pessoas e Associações na área de Transpessoal, assim como a UNIPAZ, em seu trabalho valioso.
Cada um mantendo suas especifícidades, mas aliados a uma idéia comum: uma nova postura diante da ciência e das tradições em relação à saúde e a doença, bem como diante da própria vida. A conquista de respeitabilidade e aplicação da Transpessoal através de um léxico comum e a presença da disciplina Transpessoal no âmbito acadêmico, são metas que estão sendo conquistadas.
O trabalho alubratino prosseguiu. Muitas bolsas de investigação científica foram desenvolvidas com a realização de pesquisas no Brasil e em Portugal. Hoje há perspectivas da ampliação destes temas nas esferas acadêmicas, oportunidades de crescimento se somando a cada dia, tornando-se realidade. No Brasil, ministramos cursos de Formação e Pós-Graduação em Psicologia Transpessoal, promovemos encontros regionais, estaduais e fórum em Transpessoal.
Em Portugal, em 1998 teve inicio o curso de Pós-Graduação em Transpessoal na Universidade de Lisboa, coordenado pelo Prof. Mário Simões e este ano de 2009 a Pós-Graduação Strito Senso com doutorado em Lisboa.
Muitas pessoas são necessárias para que os sonhos se concretizem, para que as ondas de probabilidade se colapsem, diria nosso membro honorário Amit Goswami. Precisamos ampliar nossas bases, através de nossos departamentos. O estatuto que foi utilizado na fundação da Alubrat precisou ser atualizado e reformulado com participação de todas as Coordenadorias atuais.
Hoje, estamos diante de uma nova realidade. Um tempo de investimento e esperança para que possamos nos adequar ao novo momento; em construção continua; momento este do qual vocês são parte atuante. Cada coordenadoria é uma força viva.
Quero expressar meu profundo agradecimento e gratidão às coordenadorias que deram origem a Alubrat: independente de estarem atualmente com atividades ou não são elas: Belém, Rio de Janeiro, Cuiabá, São Paulo, Recife, Fortaleza, Curitiba, Londrina, São Luiz do Maranhão, Lisboa, bem como aqueles que se agregaram a nós em Águas de Lindóia, como Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Maceió, Goiânia, Porto Velho, Teresina, Campinas, Florianópolis e mais recentemente Porto Alegre.
Somos parte de um grande trabalho, que em sua diversidade estarão formando a totalidade desta perspectiva mais ampla com a presença da Transpessoal na saúde, educação, organizações e outras áreas do saber no contexto humano.
Nessa trajetória, nossos irmãos de Lisboa realizam o II Congresso Internacional Luso-Brasileiro que aconteceu de 23 a 25 de setembro de 1999 em Lisboa-Portugal, com nosso apoio e presença. A Alubrat continua se empenhando para propiciar encontros bi- anuais, em seus Congressos. Internacionais bem como ampliar o espaço de atuação da psicologia transpessoal, incentivando a pesquisa, e a qualificação pessoal e profissional cada vez melhor.
Na primavera do ano 2000 no Brasil, realizamos um evento Nacional, aberto a participação de Associações e pessoas interessadas em divulgar seu trabalho em Transpessoal. É necessário efetivar a força da Transpessoal em nosso Pais.
Também evidenciamos o número de teses de mestrado e doutorado que já existem no Brasil, e algumas no exterior e convidamos seus autores para a participação efetiva no movimento Transpessoal por meio do III Congresso realizado no Brasil em 2001.
Temos um compromisso com a inteireza do Ser, não omitir ou relegar ao ostracismo parte essencial da nossa natureza humana: a espiritualidade. Estamos assistindo a conseqüências trágicas desta exclusão no processo de evolução humana, vendo o adoecimento físico e o mental não só dos indivíduos, mas também da própria sociedade.
É necessário resgatar a dignidade, a sacralidade da vida cotidiana, reconhecemos que há muitos desafios, mas acreditamos que são possíveis as soluções. Estamos construindo enquanto humanidade a nossa identidade transpessoal. No ano de 2003, na belíssima cidade de Cascais – Portugal, a Alubrat com seu IV Congresso mostrou sua força, com presença de 10 países diferentes, trazendo o conhecimento e a sabedoria do movimento transpessoal; neste mesmo ano teve início a pós-graduação da ALUBRAT-Brasil. Em 2005 com a presença de David Luckoff, Roger Woolger , Jean-Yves Leloup, Roberto Crema entre tantos outros ilustres convidados realizamos o V Congresso Transpessoal no Brasil.
No ano de 2008 Portugal em Évora o VI Congresso Transpessoal, contando com a nossa presença e participação dos irmãos brasileiros que se fizeram presente.
Algumas vezes no crescimento há perdas e dores inerentes à transformação. Às vezes, inabilidade e imaturidade, ou parte natural do processo de nascer, morrer, renascer. Assim caminhamos com expectativas bem realistas, disponibilidade, receptividade e confiança, para nos ajudarmos mutuamente nas dificuldades, abrir mão em outras, sem jamais deixarmos de nos reencantar sempre!
Unidos humildade, coragem, desapego, equanimidade, fé, compaixão e amor estaremos vivendo a fases em que se aprende na medida em que se vai enfrentando e vencendo os desafios, nutrindo sempre a espiritualidade que é parte de nossa biologia subjetiva, força transformadora e evolutiva de nosso planeta.
A ALUBRAT já está dando seus primeiros frutos, assim nos colocamos à disposição para colaborar neste movimento Transpessoal, saudando a todos os participantes do movimento Transpessoal no Brasil e Exterior.

Aos leitores:
Por Sandra Cristina de Campos Gonçalves

O tema deste Jornal foi o Congresso Internacional da Alubrat que teve lugar em Évora, em Novembro de 2008. A seu pretexto, explorámos as várias perspectivas do que significa “transpessoal” e tomámos contacto com alguns dos intervenientes e dos assuntos que esta abordagem escolhe para estudo. Ficámos assim munidos de mais ferramentas para distinguir o uso devido e o uso indevido (infelizmente frequente) desta designação (“transpessoal”) que tem um sentido tão lato e como vimos, tão relevante para a Humanidade. Convidamos vivamente os leitores a fazerem por si próprios esse exercício que consiste em perceber quando um e outro usos estão em causa.
É nossa intenção dar-vos a conhecer, através dos próximos números, outros temas bem como o que neles se está a fazer em ambos os lados do Atlântico. Queremos que os leitores, profissionais ou não, conheçam o desenvolvimentos nas áreas da investigação, da formação superior e dos livros e artigos que forem sendo editados. Ficarão progressivamente a conhecer autores que, tais como os responsáveis pelas apresentações no Congresso ou as fontes que eles citam, podem facilmente procurar para aprofundar com qualidade o tema.

Assim, e dentro deste espírito, aqui deixo alguns sites que discutem questões epistemológicas em torno do estudo da Consciência:
http://www.paradigm-sys.com/ctt_articles1.cfm
http://en.wikipedia.org/wiki/Transpersonal_psychology

Para uma introdução à Associação Europeia de Transpessoal (European Transpersonal Association, EUROTAS), temos:
http://www.eurotas.org/

Para conhecer melhor a cidade de Évora, com vários milhares de anos de ocupação e onde têm confluído Romanos, Judeus, Árabes e Cristãos (entre outros), pode visitar-se o site da Câmara Municipal, que permite depois explorar estas várias vertentes. http://www.cm-evora.pt/

Quanto aos livros lançados no Congresso:
http://www.alubrat.org.br/livrotranspessoal.php
http://www.esquilo.com/quase-morte.html

É nossa intenção publicar artigos temáticos nos números futuros desta publicação. Convidamo-vos desde já a enviarem para os editores artigos que sigam as normas da APA e com 4 a 6 páginas. Os artigos propostos serão revistos por uma comissão científica e esperamos publicar entre 2 e 4 por número.
Contamos convosco, com as vossas ideias, as vossas sugestões, informações e também a vossa criatividade e vontade de partilhar convosco as vossas reflexões fundamentadas e investigações realizadas, neste percurso que agora iniciamos!
A todos, bem hajam !